sábado, 21 de dezembro de 2019

MENSAGEM DO PROFESSOR OTÁVIO SALES SOBRE O SUCESSO

A primeira participação que tive com alunos na OBM foi na fase final em 2004, com Noilton e Maíra, da EMEF Prof. Henrique Scabello, no Jardim das Hortênsias, em Araraquara. Desde lá não consegui alunos na 3ª fase da OBM. Apesar da importância da participação dos dois garotos, alunos do 7º ano, eu não nutria esperança que os mesmos fossem premiados.

Em 2017 a minha aluna Carolina Cury Martins foi fazer a prova e em 2018 o meu aluno Otávio Barbosa. Luiz Felippe de Azevedo Cândido começou a fazer aulas comigo em 2019, e havia feito a prova em 2017 e convocado par aprova em 2018 e não comparecido. Somente a participação de Carolina e Otávio já foi um júbilo! Algo incrível, que mereceu estampar os jornais.

Esse ano quando eu estava preso ilegalmente (já reconhecido pela justiça e anulada a prisão) foram convocados vários alunos meus: Bruno Figueiredo de Botelhos que não compareceu e mais 3 alunos, todos convocados pela OMM, apesar de serem os 3 ouros na OBMEP: Bruno Custódio Fuentes, Felipe Gabriel de Oliveira da Silva e Thiago Lohan Martinho Labanca, todos de Muzambinho e de escolas públicas.

A OBM não tem nenhuma cota para aluno de escola pública, nem nota bônus, nem nada. Concorre-se em pé de igualdade, inclusive pela classificação pela OBMEP. É a olimpíada nacional mais difícil e seleciona os alunos para IMO.

E diferente de todos anos anteriores, havia uma chance de prêmio. Bruno Fuentes não foi Menção Honrosa por 30 pontos de 250 no nível 1. Thiago Labanca não foi Menção Honrosa por 15 pontos de 300 no nível 2, ou seja, fez 125 pontos precisando fazer 140, tendo 5% a menos que o corte. Felipe conseguiu pedir revisão da prova e dobrou a sua nota, mesmo assim não foi suficiente.

O incrível é que esse ano tivemos alunos que BATERAM NA TRAVE numa olimpíada onde se concorre em pé de igualdade com as escolas privadas das grandes elites brasileiras. Escolas pagas e caríssimas, onde alunos estudam durante toda a vida 4h por dia, com professores pagos. Como competir com a Rede Ari de Sá, Sistema Etapa, Colégio Christus de Fortaleza, Cólégio Bernoulli de Belo Horizonte, Mater Ambabilis, Anglo São Paulo?

E competindo com esses ficamos quase lá! Estamos trabalhando. Essa semana já fiz mais treinamento.

Muzambinho teve mais medalhas de ouro esse ano que 6 estados brasileiros e só teve 1 medalha a menos que Cocal dos Alves - PI, que treina os alunos o ano todo e tem o maior nível de medalha de ouro proporcionalmente aos habitantes.


Prof. Otávio Sales

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