A primeira participação que
tive com alunos na OBM foi na fase final em 2004, com Noilton e Maíra, da EMEF
Prof. Henrique Scabello, no Jardim das Hortênsias, em Araraquara. Desde lá não
consegui alunos na 3ª fase da OBM. Apesar da importância da participação dos
dois garotos, alunos do 7º ano, eu não nutria esperança que os mesmos fossem
premiados.
Em 2017 a minha aluna Carolina Cury Martins foi fazer a prova e em 2018 o meu
aluno Otávio Barbosa. Luiz Felippe de Azevedo Cândido começou a fazer aulas comigo
em 2019, e havia feito a prova em 2017 e convocado par aprova em 2018 e não
comparecido. Somente a participação de Carolina e Otávio já foi um júbilo! Algo
incrível, que mereceu estampar os jornais.
Esse ano quando eu estava preso ilegalmente (já reconhecido pela justiça e
anulada a prisão) foram convocados vários alunos meus: Bruno Figueiredo de
Botelhos que não compareceu e mais 3 alunos, todos convocados pela OMM, apesar
de serem os 3 ouros na OBMEP: Bruno Custódio Fuentes, Felipe Gabriel de Oliveira
da Silva e Thiago Lohan Martinho Labanca, todos de Muzambinho e de escolas
públicas.
A OBM não tem nenhuma cota para aluno de escola pública, nem nota bônus, nem
nada. Concorre-se em pé de igualdade, inclusive pela classificação pela OBMEP.
É a olimpíada nacional mais difícil e seleciona os alunos para IMO.
E diferente de todos anos anteriores, havia uma chance de prêmio. Bruno Fuentes
não foi Menção Honrosa por 30 pontos de 250 no nível 1. Thiago Labanca não foi
Menção Honrosa por 15 pontos de 300 no nível 2, ou seja, fez 125 pontos
precisando fazer 140, tendo 5% a menos que o corte. Felipe conseguiu pedir
revisão da prova e dobrou a sua nota, mesmo assim não foi suficiente.
O incrível é que esse ano tivemos alunos que BATERAM NA TRAVE numa olimpíada
onde se concorre em pé de igualdade com as escolas privadas das grandes elites
brasileiras. Escolas pagas e caríssimas, onde alunos estudam durante toda a
vida 4h por dia, com professores pagos. Como competir com a Rede Ari de Sá,
Sistema Etapa, Colégio Christus de Fortaleza, Cólégio Bernoulli de Belo
Horizonte, Mater Ambabilis, Anglo São Paulo?
E competindo com esses ficamos quase lá! Estamos trabalhando. Essa semana já
fiz mais treinamento.
Muzambinho teve mais medalhas de ouro esse ano que 6 estados brasileiros e só
teve 1 medalha a menos que Cocal dos Alves - PI, que treina os alunos o ano
todo e tem o maior nível de medalha de ouro proporcionalmente aos habitantes.
Prof. Otávio Sales
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